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Gravidez na adolescência

  • Foto do escritor: Ana Moreira
    Ana Moreira
  • 18 de abr. de 2020
  • 3 min de leitura

 Um estudo sobre o cenário da gravidez na adolescência e suas repercussões

A gravidez em si, refere-se a um acontecimento característico da reprodução e evolução humana, contudo, este mesmo fenômeno pode levar a sérias consequências quando ocorre na adolescência. A gravidez nessa fase do desenvolvimento reflete e influencia diretamente nas relações sociais, por meio da transformação que antes era de filha e agora passa a ser de mãe, são essas entre outras transformações que correspondem ao papel dúbio de dependente/independente. Esta desordem se deve a imaturidade emocional, social e física que pode vir a prejudicar o percurso das atribuições maternas importantes para o desenvolvimento do bebê, para se evitar tal incidência é importante que a adolescente tenha amparo e boa convivência com as pessoas ao seu redor sejam elas pais, responsáveis, a equipe de saúde, a comunidade do entorno, amigos ou companheiro, aquele do qual podemos nomear como o cuidador(a). (Maranhão et al, 2014).

O cuidador é a pessoa capaz de identificar as capacidades físicas e cognitivas de quem está sendo cuidado, por meio de observações e empatia. O cuidador não necessariamente faz pelo outro, mas sim auxilia, motiva e possibilita a sua autonomia, incentivando a cuidar de si e de suas coisas. (Brasil. Ministério da Saúde, 2008)

Em um artigo que retrata a gravidez na adolescência sobre a perspectiva dos familiares, foi realizado um levantamento de dados onde descreve que os familiares das adolescentes grávidas possuem expectativas positivas sobre os cuidados que as mesmas desempenham e que, portanto, estão sempre atentos aos cumprimentos das responsabilidades com o pré-natal e com o bebê. Além disso, verificou-se a reação dos familiares ao receber a notícia sobre a gestação, os estudos indicaram num primeiro momento que a reação foi de “choque”, mas que posteriormente a aceitação da gravidez veio gradualmente. (Silva, Tonete, 2006).

Em outro artigo que descreve sobre a gravidez na adolescência, no que se refere à vulnerabilidade social, aponta que a visibilidade do tema ganhou espaço apenas na década de 70, quando se reconheceu como um problema de saúde pública, devido ao aumento da fecundidade em adolescentes. Observou-se também que as mulheres com menos escolaridade apresentavam maior número de filhos e que apesar da fecundidade geral entre as mulheres terem diminuído de 1965 a 2006 em contrapartida a fecundidade entre as adolescentes aumentou de 7,1% em 1970 para 23% em 2006. (Ferreira et al, 2012).


Estudos de prevalência.

Ao aprofundar estudos realizados no Brasil e em outros países, foi possível realizar o levantamento dos estudos de prevalência sobre a gravidez na adolescência, onde foi registrada a relevância dos seguintes dados.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) em 2016 identifica que as dificuldades ligadas à gravidez e ao parto são a segunda causa de morte para meninas de 15 a 19 anos no mundo, o que aponta que todos os anos, cerca de 3 milhões de meninas de 15 a 19 anos sofrem abortos inseguros. (World Health Organization, 2016)

Outro dado, é que os bebês nascidos de mães adolescentes encaram um risco consideravelmente maior de morrer do que aqueles nascidos de mulheres com 20 a 24 anos. A gravidez na adolescência aumenta os riscos para as mães e seus bebês recém-nascidos, nos países de renda média e baixa, os bebês nascidos de mães com menos de 20 anos arcam com um risco 50% maior de morrer nas primeiras semanas de vida, em comparação com os nascidos de mães com idade entre 20 e 29 anos. Quanto mais jovem a mãe, maior o risco para o bebê. (World Health Organization, 2017)

Os dados da OMS apontam que 5,6 milhões de mulheres, adolescentes e bebês vieram a óbito em 2015, devido a complicações na gravidez, no parto e no primeiro mês de vida, incluindo 303 000 mortes maternas, 2,7 milhões de mortes de recém-nascidos. Grande parte dessas mortes acontecem no primeiro dia de vida, por motivos que poderiam ser evitáveis. Pesquisa indica que até 3 milhões de vidas de mulheres e bebês seriam salvos a cada ano com cobertura de alta qualidade de cuidados em torno do tempo de nascimento e cuidados de recém-nascidos pequenos e doentes a um custo de funcionamento adicional de apenas US $ 1,15 por pessoa. (World Health Organizatio, 2017)

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