Terapia infantil
- Ana Moreira
- 16 de abr. de 2020
- 2 min de leitura
Atualizado: 24 de abr. de 2020
Um pouco sobre o processo terapêutico
O universo infantil é permeado constantemente por novas descobertas, e em cada fase elas vão se tornando cada vez mais desafiadoras, exigindo dos pais novas formas de atuação e com elas diversas dúvidas.
As crianças por não possuírem uma conexão muito clara do poder da linguagem com suas emoções, acabam possuindo demandas ocultas e com elas o estranhamento dos pais que ficam muitas vezes sem saber como lidar com as novas situações. Por esse motivo é importante entrar em cena a expertise do profissional psicólogo para identificar se essas demandas são de ordem emocional, social, cognição, aprendizagem, entre outras.
Assim como é imprescindível avaliar o desenvolvimento infantil frente aos aspectos físico, de motricidade e linguagem, é de igual importância se atentar aos sinais de dificuldades no desenvolvimento emocional, algumas delas são:
Incapacidade de tolerar frustrações
Dificuldade de interagir socialmente
Baixo rendimento escolar
Conduta de oposição
Relutância em demonstrar sentimentos
Agressividade ou fúria repentina
Demonstração excessiva de apego e carência
Dificuldade de concentração
Regressão no desenvolvimento
Falta de apetite ou compulsão alimentar
Enurese ou encoprese
Quanto mais cedo se reconhece e se trabalha as dificuldades emocionais, mais estrutura e ferramentas essa criança terá para lidar com situações conflituosas no futuro.
O suporte emocional no âmbito familiar também entra em analise quando o assunto é terapia infantil, pois a família sempre será a base para que essa criança possa se desenvolver de forma saudável, com isso em vista, é papel do psicólogo instruí-los no melhor manejo com as situações que a criança venha a apresentar, sendo assim, a troca de diálogo com a família durante todo o percurso terapêutico é essencial.
É de igual importância que a escola também esteja à par das dificuldades que a criança vem enfrentando (respeitando a ética e o sigilo), pois muitas vezes é nesse espaço que a criança manifesta suas inquietações. Quando o psicopedagogo escolar, está ciente das condutas e intervenções terapêuticas imputadas a criança, a evolução no tratamento tende a ficar mais consistente e eficaz.
Já no espaço terapêutico o paciente terá acesso a todo material lúdico, entre eles: família lúdica, bonecos, jogos dos mais variados (respeitando a faixa etária), livros, contos, material pedagógico (papel, lápis, giz, lousa, tinta, massinha de modelar, canetinhas etc.), entre outros. Esse material somado a expertise do profissional frente aos conhecimentos adquiridos em sua formação, será possível compreender conteúdos relacionados ao mundo interno da criança de maneira simbólica, já o diálogo ocorre de forma mais branda e leva em consideração cada fase do desenvolvimento.
As fases do desenvolvimento segundo o escritor e psicólogo Jean Piaget (conceitos também explorados na área da pedagogia), são:
Sensório-motor de 0 a 2 anos
Pensamento pré-operatório de 2 a 6 anos
Pensamento operatório concreto de 7 a 11 anos
Pensamento operatório formal de 11 anos em diante.
Seja em qual fase do desenvolvimento for que seu filho demonstre sinais de conflitos, o mais importante é não ter receios em pedir ajuda a profissionais qualificados da área da saúde mental, sejam eles psiquiatras, psicólogos ou psicopedagogos, pois quanto mais cedo a demanda for analisada e trabalhada mais chances seu filho terá de levar uma vida saudável no futuro.
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